terça-feira, 5 de agosto de 2025

Estou de volta pro meu aconchego...

 


Então,
Tamu de volta!

Mil anos depois e nada mudou, meu jeito segue em pauta.

Estava eu na faculdade hoje, acabamos de retomar o semestre e na ocasião, dividiríamos a disciplina com outro curso quando fui informada de que não haveria aula pois, alguém da família da docente faleceu. De repente um colega soltou: Que triste! E espontaneamente respondi: Não estou triste. Primeiro que morrer é da vida e segundo, nem conheço a professora.
Quando olho pro lado tinha uma colega de sala que não me conhece ainda, com os olhos arregalados após ouvir minha afirmação. Pensei, choquei mais um.

O assunto morte SEMPRE me ronda e tenho que lidar com o medo que as pessoas tem de falar sobre o assunto. Vá lá, bóra botar a culpa no meu signo, escorpião ou seria o fato de aos 16 anos ser órfã de pai e mãe, o que me fez experimentar o desapego a força.

Tenho em meu braço uma tattoo de caveira mexicana. Ahhh, já veio gente até mim perguntar o porque e as pohas. Lá fui eu explicar o rolê, informar a pessoa de que a caveira é um símbolo de celebração à vida, que morrer é nossa única certeza, que só temos o momento presente e é preciso aproveitar a vida, blá, blá, blá...

'Coincidentemente' a vida me levou pra uma graduação, a Gerontologia, onde propomos a gestão da vida e nesse contexto inclui a organização da própria 'morte'. Você já parou pra pensar em algo assim? Já planejou como quer seu enterro? Como quer que seus bens sejam divididos? Tenho quase certeza que não mas, tenho 99% de certeza de que viveu ou conhece histórias de pessoas que não planejaram sua partida e entre os familiares foi briga por cima de briga. Eu já vivi isso e foi péssimo.

Enfim,
Não sei mesmo explicar porque a morte não me choca. Não tem nada a ver com não sofrer por alguém que se vai mas sim com compreender que é fato consumado, e que materialmente falando, tudo que nasce morre. Quem fica precisa seguir.

Semana que vem tem aula e pode ser que eu tenha conseguido um fã ou um hater por causa do meu jeitinho de ser e, vou ter que conviver com isso, rs!

No mais, sigo não garantindo nada quanto ao meu retorno ao blog. Sei que preciso falar, literalmente falo pelos cotovelos, se assim pudesse ser, adoeço se me calo e, para um bom convívio em sociedade, de repente a melhor alternativa seja esvaziar minha mente aqui, escrevendo.

Termino o contato de hoje dizendo que o que rege esse espaço são as vozes da minha cabeça, ou seja, se quiser rir/refletir comigo, chegue. Para algo além disso, amplie seu leque de pesquisas e se informe com base em evidências.

Xêro!

Naiala Ferreira 



Imagem: Pinterest

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