Falando em morte, essa semana parei um tempinho pra repensar a vida. O corpinho em que habito vem dando defeito e defeito sério, cheguei a quase desmaiar e fui parar na UPA.
Ao repensar a vida me fiz perguntas, pensei em coisas que deixei de fazer e também cogitei a possibilidade do meu corpo estar me dando um sacode pra que eu me oriente e viva o que tenho vontade de viver sem me preocupar com o olhar alheio.
Costumo dizer que não tenho medo da morte mas, me peguei pensando no desperdício que seria se eu morresse agora, sou um ser humano tão legal de se ter no Mundo, dadas as devidas proporções entre qualidades e defeitos.
Sobre os sintomas me peguei pensando: Quero estar doente? Pq estou em busca desse diagnóstico? Estou ouvindo minha intuição ou querendo confirmar meus traços genéticos? Seria esse um tipo de lealdade sistêmica? Pq não só deixo pra lá e sigo minha vida?
Os médicos insistem em dizer que não tenho nada. Fiz exames, passei em 04 médicos diferentes e apenas um deles me disse: Tem coisa errada aí sim, vamos investigar. Onde estou me apegando? Em uma mão tenho sintomas, inclusive incapacitantes. Na outra mão tenho exames limpos como do corpo de um bebê. Um amigo psicólogo e outros tantos leigos cogitaram ansiedade. De modo geral nunca tenho nada e agora, de repente, sinto tudo, inclusive taquicardia e falta de ar.
Meu corpo não está falando, ele está GRITANDO comigo e ainda não fui capaz de decifrar seu idioma.
Dizem que quando nos sentimos seguros após muitos anos vivendo em 'luta ou fuga', o corpo relaxa e manifesta doenças antes retesadas. Seria esse o rolê então?
Enfim, tenho lá meus candidatos à diagnóstico e volto ao amado SUS amanhã em busca de ajuda. Por hora você e eu sabemos o mesmo, ou seja, nada, sobre o que está rolando. Espero retornar aqui com boas novas.
Acabei de voltar a escrever neah, não seria boa hora para morrer :).
Xêro!
Naiala Ferreira
Imagem: Pinterest

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